A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), inaugurou, nesta quarta-feira (08), a Sala da Mulher Advogada, que leva o nome de Fátima Lopes. O espaço fica no terceiro andar do prédio sede da OAB-PB. “Fátima foi uma guerreira, que foi conselheira da OAB e foi importante para o movimento das mulheres, unido as expressões da Rede do Sororidade, da Comissão da Mulher Advogada e da Comissão de Combate à Violência contra a Mulher. Um dia maravilhoso”, destacou o presidente da OAB-PB, Harrison Targino.
As advogadas Carol Lopes e Ana Carla Lopes, filhas de Fátima Lopes, participaram da inauguração da sala. “É um ma homenagem que nos deixa emocionada, pois eterniza o nome dela nessa Casa, que ela tinha tanto orgulho de fazer parte. Ela foi uma mulher desbravadora e abriu caminho para que muitas mulheres pudessem estar aqui, ocupando cargos de Diretoria. Então, ela abriu caminho. É uma homenagem justa e me sinto muito agradecida”, disse Carol Lopes.
A presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-PB, Izabelle Ramalho, afirmou que o espaço inaugurado dentro da Ordem em homenagem a Fátima Lopes é extremamente importante para as advogadas possam cada vez mais dialogar, se expressar e florescer. “Além da bela homenagem, essa sala é uma conquista para que cada vez mais tenhamos direito a voz, a fala e expressarmos o que somos, sem qualquer tipo de opressão e silenciamento”, disse.
Já a coordenadora da Rede Sororidade, Janaina Nunes, destacou que, “além de uma grande homenagem á Fátima Lopes, a sala, o espaço físico é também um signo político da importância da advocacia feminina paraibana e de quanto essa gestão está comprometida em garantir e avançar com o direito das mulheres advogadas”.
Dia da Mulher
Além da homenagem a Fátima Lopes, a OAB-PB realizou uma série de atividades para celebrar o Dia Internacional da Mulher (08 de março). A programação foi aberta com um café da manhã, em seguida foi realizada uma palestra, no auditório da OAB-PB, com a consultora de imagem e advogada Simone Morais. A Ordem também se vestiu de Rosa. A iluminação e ornamentação do prédio sede da Instituição foram acionadas nessa terça-feira (07).
“Hoje é dia de festa para a OAB comemorando o Dia da Mulher, particularmente da mulher advogada, por isso fizemos um café da manhã reunindo tantas colegas. Depois tivemos o privilégio de ouvir a doutora Simone falando exatamente de imagem de conduta nesse mundo mercadológico que temos enquanto profissional. Uma palestra maravilhosa que reuniu muitas mulheres”, declarou o presidente da OAB-PB, Harrison Targino.
O presidente acrescentou que a OAB-PB está fazendo história, tendo uma Instituição definitivamente feminina. “É a consolidação da presença da mulher, com a paridade no Conselho, a maioria na Diretoria e nas comissões, para que nós possamos cada vez mais empoderar as mulheres. Na OAB temos o privilégio de termos três mulheres e dois homens na Diretoria, pela primeira vez na história. Também temos um Conselho Seccional que pela primeira vez é paritário e a alegria de ter batido o recorde de presença feminina nas Comissões, que tem 60%d e mulheres”, ratificou Harrison Targino.
Fátima Lopes
Foi Conselheira Estadual da OAB-PB no triênio 2007/2009, graduada em Direito pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), tendo ocupado o cargo de juíza substituta do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB), assumindo a titularidade daquela Corte durante o período de 2005/2007, além de presidir a Comissão de Geração de Mídias nas Eleições 2006.
Fátima Lopes também ocupou o cargo de Defensora Pública do Estado desde 1982, atuando no Projeto de Atendimento e Acompanhamento Jurídico Psicossocial às Mulheres Vítimas de Violência, além de presidir a Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ) durante os biênios 2003/2004 e 2005/2006, bem como foi diretora do Instituto Brasileiro de Direito de Família.
Em 2009, assumiu a chefia do seu órgão de trabalho, como primeira mulher a exercê-lo. Enquanto estava à frente da Defensoria pública do estado da Paraíba, projetava uma instituição para cem anos. Sua criatividade, seu ideal de organização e justiça ecoava longe, levava sua voz aos quatro cantos na defesa da justiça gratuita. Assim, aos mais necessitados, reacendia a esperança por acesso à justiça
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