Mulheres da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), do Ministério Público estadual, Poderes Executivo e Legislativo participarão de um webinar que ocorrerá nesta segunda-feira (31), às 19h00. O evento, cujo tema é ‘Mulheres em Espaço de Poder: Avanços e Desafios’, é uma realização do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB)e será transmitido pelo canal do TJPB na Plataforma YouTube.
Representando o Judiciário estadual paraibano, estarão presentes as desembargadoras Maria de Fátima Moraes Bezerra Cavalcante (que mediará o encontro), Maria das Graças Morais Guedes, e as juízas Michelini de Oliveira Dantas Jatobá (titular da Vara de Entorpecentes da Capital e juíza membro e ouvidora do Tribunal Regional da Paraíba), Graziela Queiroga Gadelha (coordenadora da Mulher em Situação de Violência do TJPB e juíza auxiliar da 1ª Vara de Cabedelo) e Silmary Alves (juíza-corregedora).
Pelos demais órgãos e instituições, participarão a promotora de Justiça de Defesa da Mulher de Sapé, Caroline Franca Freire; a vice-presidente da Comissão de Combate à Violência e à Impunidade contra a Mulher da OAB, advogada Janayna Nunes Pereira; a secretária da Mulher e da Diversidade Humana do Estado, Lídia Moura e a senadora Daniela Ribeiro.
De acordo com a desembargadora Maria de Fátima Moraes Bezerra Cavalcanti, do TJPB, os desafios das mulheres passam por dois polos: “Primeiramente, a mulher precisa ousar. Ocupar espaços. Não perder as oportunidades. Administrar o tempo e os sonhos rumo ao empoderamento. Segundo, as mulheres precisam se irmanar. Isso significa que devemos ser solidárias, com apoios mútuos na valorização de cada uma e de todas. Sermos solitárias no poder, nas instituições, no labor, culmina com a perda do empoderamento feminino”, declarou.
Já a juíza Michelini Jatobá, que também é gestora do Projeto Acesso Seguro do TJPB e integrante da Diretoria Legislativa da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), declarou que a presença feminina ainda é rarefeita, nas esferas de poder. “Devemos compreender que estamos vivendo um processo contínuo de inserção e as mudanças que ele traz, são relativamente recentes. A ampliação da presença das mulheres nesses nichos de poder e comando depende, em muito, das mudanças nas relações familiares e conjugais. Há mulheres que mantêm sozinhas suas famílias; há outras que se desdobram para compatibilizar as tarefas privadas e o lado profissional, no que normalmente se sobressaem. Vamos debater todas essas questões no nosso evento”, refletiu a magistrada.
Também à frente da iniciativa, a magistrada Graziela Queiroga Gadelha, afirmou se tratar de um tema salutar que, cada vez mais, vem tomando espaço nas discussões em todo o mundo. Para ela, embora haja muitos avanços conquistados pelas mulheres em suas carreiras, ainda há dificuldades em relação à ocupação de cargos que demandam gerência e gestão.
“Vamos ouvir os desafios de cada uma dentro das instituições que integram, o que auxiliará na construção de alternativas para que possamos, nessa busca de igualdade, ocupar merecidamente, pela nossa competência e profissionalismo, espaços que não devem ser exclusivos de homens, mas de quem possuir a capacidade para exercer aquelas funções, o que inclui as mulheres”, afirmou
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